Pobre sofre discriminação, rico sofre bullying porque é importado

Essa coisa de bullying anda na modinha. Se você é rico, não sofre discriminação, mas sofre bullying. O pessoal de Higienópolis anda reclamando que sofre perseguição e bullying (que falta de criatividade minha, usei três vezes a mesma palavra no mesmo parágrafo já, se o editor de texto reconhecesse a palavra eu nem perceberia, mas com ela saltando aos olhos em grifos vermelhos fica difícil). Tudo porque não querem uma estação de metrô na esquina da Avenida Angélica com a Rua Sergipe. Mas acho que entendo. De acordo com um amigo meu, da última vez que esse pessoal viu um trem... muitos não voltaram e a humanidade conheceu aquilo que chamaram de holocausto. Pura maldade, até porque o bairro tem gente de tudo que é religião e o nazismo foi uma cobertura ideológica doentia para um problema econômico real. Auschwitz é algo de que o mundo jamais deverá se orgulhar.

Mas sacanagem mesmo é este bando de patrão tirando a facilidade de transporte de quem trabalha para eles. Não querem o metrô, mas quando a pobre da faxineira chega atrasada sempre tem uma mula pra reclamar que a camisa não está engomada direito ou que quer descontar o salário. O mais engraçado é que boa parte destes babacas são os mesmos que defendem um meio ambiente melhor e saem de carro importado todo dia. Um viva para a hipocrisia meu povo!

O mais legal de tudo é que a questão final para a mudança do local da estação se deve a critérios técnicos, por que a nova estação seria muito próxima a outra já existente, devendo então a estação mudar para a praça Villaboim. Tenho certeza que a reclamação dos moradores sobre um possível aumento da criminalidade e do comércio informal nada tem a ver com isso. Estas nobres pessoas jamais cogitariam estas possibilidades.

Os imóveis podem até valorizar depois de pronto, mas pergunta para o pessoal da Rua Rebouças em São Paulo, se vale a pena à espera eterna gerada por uma obra de grande porte até o imóvel se valorizar, fora o barulho infernal e os acidentes de percurso, como o que ocorreu na Rua Oscar Freire. Estes seriam motivos bem melhores para se reclamar.

No final de tudo, sempre sobra é para a bunda do povo.

Rafa

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