Novidades...

Todo dia uma novidade. Ovo faz bem. Ovo faz mal. Um copo de vinho previne infarto. Dois, te faz um alcoólatra. Tome bastante líquido, mas sem exagerar. Não coma carne vermelha, mas não se esqueça da proteína. Salada à vontade? Passo horas no banheiro se fizer isso...

Diante de tantas transformações e uma profusão alucinante de idéias e debates, decidi não mudar muito meus hábitos. Tento me controlar, mas não faço disso uma cruzada. Agradeço todo dia pelo porco. Este animal divino que transforma o vegetal em bacon. Tento comer salada, mesmo achando alface um troço sem graça. Couve-flor e brócolis até rola, espinafre já é pedir muito... tomate em pedaços não me desce bem, mas molho até passa. Não entendo como pode haver tantos vegetarianos... nunca um pedaço de mato vai ter mais sabor que uma boa picanha.

Disso tudo, algumas coisas eu aprendi. Não há alimentação saudável que cure sua falta de coragem para dar o próximo passo numa decisão importante. Não há salada que previna você de dizer alguma asneira ou eventualmente agir de forma estúpida. Melhor aprender a pedir desculpas nestas horas. Não há comida capaz de parar no estômago assistindo show de funk ou andando na montanha russa.

Dormir é uma dádiva. Dormiria mais se pudesse. Estou acima do peso, e isso me cria alguns problemas. Deveria caminhar mais, mas a preguiça impera neste sentido. Ler é bom, fertiliza a imaginação e aduba a vida. Ver um bom filme bem acompanhado não tem preço. Mas ultimamente tem sido com os amigos mesmo.

Não há exercício capaz de modificar o caráter. O melhor exercício para isso é sempre agir de acordo com a tua consciência e alinhar seus interesses com a mesma. Nunca haverá natação suficiente para limpar as dúvidas que carregamos, nem corrida capaz de afastar as mágoas e os receios que levamos no coração. Melhor viver a vida de frente e, eventualmente, quebrar a cara, do que passar desapercebido sem fazer diferença nenhuma.

Talvez Boaventura ainda tenha tempo de corrigir boa parte do que escreveu. Talvez seja de fato a forma como ele enxerga, e daí não há motivos para ele ter arrependimentos. Talvez o que os colonizadores fizeram precise de justificativa. Ou simplesmente pode ser encarado como parte do caos que transforma a vida, como decisões que são tomadas por aqueles cuja consciência não percebe como problema os atos descritos como cruéis, captam estes como uma necessidade para algo de finalidade maior, como Maquiavel. Afinal de contas, quem tem medo de matar, não pode ter medo de morrer.

Em tempo... quem sabe não vivo para ver o dia em que a vaca já vai dar leite achocolatado e o boi,  bife a parmegiana. Sonhar não tem preço.

Rafa

1 comentários:

felipe ॐ disse...

Haha... me diverti lendo esse blog...
De fato, estava pensando isso outro dia...
Estava tomando um suplemento alimentar usado por vegetarianos, que a príncipio seria perfeito, pq repunha vitaminas e minerais e coisa e tal, procurando informações sobre tal suplemento descubro que ele pode fazer mal... isso me fez pensar sobre o que o post diz... ciência que diz uma hora que algo é bom e outra hora diz que o mesmo é ruim... a história que contada por pessoas diferentes hora diz isso, hora aquilo... de fato, não há exercício capaz de modificar o caráter, as coisas se justificam a medida dos interesses de quem as patrocinam... sejam eles a indústria de alimentos convencional, seja a indústria de alimentos naturais, sejam os pesquisadores, sejam os colonizadores

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