Legalização das drogas

Se você perdeu seu tempo de ler a chamada, aproveite pra ver se abre a sua mente para uma discussão necessária. Não vou fazer rodeios com você leitor. As drogas a que me refiro aqui não são as que você esperava. Não vim falar de legalização da maconha (até por que careta do jeito que sou, viria mais para discutir a criminalização do cigarro). Vim levantar a bola para a discussão da legalização do lobby no país.

Descobri, pra minha grata surpresa, que o lobby é legalizado em alguns países. O lobby é uma forma de grupos ou bancadas defenderem seus projetos e interesses em alguma instituição democrática. Mas, como pra tudo, existe sempre o jeitinho. Um presentinho aqui, uma chantagem ali, uma troca de favores e tudo certo.

Tudo certo? Que nada. Vamos agora instituir a corrupção? Muitos poderiam dizer que é uma atividade profissional e que existem bons e maus profissionais como em qualquer área. O problema é que a atividade já nasce com esse rótulo.

Seja das navegações do descobrimento, da moderna indústria farmacêutica ou de qualquer outro setor, o lobista sempre encontra uma maneira de aliar o interesse político-econômico de forma a fazê-lo parecer imprescindível para a nação. Pense na seguinte pergunta. O que você seria se aceitasse dinheiro para moldar sua opinião?
a)     Imbecil. Não possui opinião própria.
b)     Inteligente. Ganhou dinheiro sem ter trabalho algum.
c)     Corruptível. Sabe o que pensa, mas o bolso pesa mais.

Se você respondeu “a”, pensou com o coração, mas esqueceu do cérebro. É meio evidente que qualquer ostra possa mostrar opinião própria com tanta liberdade de expressão, o problema é a capacidade para fazê-lo com competência.

Se você marcou “b”, peço que mude de país, por favor, ou que pule de uma ponte. Ambas as saídas são bem-vindas (garanto até a festa de despedida).

Se você marcou “c”, os favores pedidos a “b” são extensíveis a você.

Se você não marcou nenhuma das alternativas, que bom, há esperança. Lute por ela.

Quando um escritor toma essa posição, como Boaventura faz em seu trabalho ao tentar defender as ações portuguesas na colonização do Brasil, mostra claramente estar vendido a uma ideia, ainda que clame fazê-lo por motivos de amor à nação. Tenho claro para mim que o autor estaria tendendo muito para a alternativa “c”. Mas pior mesmo é ter que agüentar a conversa de cão arrependido quando levanta algumas hipóteses sobre a origem do terremoto que atingiu Lisboa e as pragas na Europa. É o caos “mermão”, é o caos.

Vocês conseguem imaginar quem escreveu...

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